Empresas mantiveram a expectativa de vendas ao exterior mesmo com o avanço da doença pelo mundo.
As estimativas de exportações de grãos do Brasil neste ano se mantiveram inalteradas mesmo com as turbulências sofridas pelos mercados globais diante do rápido avanço do novo coronavírus, disse à Reuters nesta terça-feira (17) a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).
O diretor-geral da Anec, Sérgio Mendes, afirmou por telefone que a entidade mantém a projeção de que o Brasil exportará de 73 milhões a 74 milhões de toneladas de soja neste ano, além de 34 milhões a 35 milhões de toneladas de milho.
“Às vezes somos criticados por exportar produtos primários. Graças a deus exportamos comida”, disse Mendes.
Incerteza
O impacto do novo coronavírus ainda é considerado uma incerteza para o setor agropecuário, segundo especialistas ouvidos pelo G1. Isso porque não existe uma previsão de quando o período mais crítico da doença vai passar.
A primeira avaliação é de que, mesmo que ocorra uma interrupção de embarques nas próximas semanas, a demanda por alimentos vai continuar existindo. Isso pode gerar um “efeito rebote”, ou seja, a compra que foi represada inicialmente poderá ser efetivada depois.
“Os produtos ligados à alimentação tendem a ser mais resilientes porque, querendo ou não, as pessoas não reduzem tanto o padrão de consumo de alimentos, especialmente se for uma crise econômica temporária”, afirma o analista Vitor Andrioli, da consultoria americana FC Stone.
FONTE:G1