A CRISE DE REPRESENTATIVIDADE NO OESTE DA BAHIA.

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A população está claramente cansada da casta política que nos governa, mais empenhada em atender a interesses particulares do que públicos.

Nada que venha da política parece funcionar: escândalos de corrupção, estados quebrados, violência urbana, caos na saúde, aumento das desigualdades. O contrato entre representantes e representados foi quebrado.

Pesquisas recentes apontam que 96% dos brasileiros não se sentem representados pelos políticos em exercício no país. Esse é o tamanho da dita “crise de representatividade” no Brasil.

“Se com esses políticos não está funcionando, mudemos então os políticos”: partindo desse pressuposto, pessoas oriundas da sociedade civil e da iniciativa privada têm se reunido em grupos para lançar novos candidatos. São os chamados movimentos de renovação política.

A crise de representatividade no Oeste da Bahia contribui para que a iniciativa seja bem-vinda e elogiada pelos diversos setores da sociedade. Não há nada mais normal do que querer mudar os políticos que estão aí, especialmente os do Poder Legislativo( Deputados Estaduais e Deputado federal ).

Decepção, desencanto, descrença, frustração, desconfiança, desilusão.
Esses são os sentimentos dos moradores do Oeste da Bahia, pessoas sofridas e abandonadas pelos os que se dizem representar o povo Oestino.

Nos últimos 20 dias a equipe do Blog Cebolinha Notícias percorreu o Oeste Baiano e ouviu diversas Queixas de eleitores que foram enganados com promessas mirabolantes dos Parlamentares.

“Ninguém me representa atualmente, e vou manter essa decisão até o final”, afirmou ele, morador da cidade de Correntina-BA Miguel dos Santos.
“Mas não vou deixar de ir à urna nas próximas eleições daqui a dois anos. Tenho outras pretensões, como tirar passaporte para viajar, fazer concurso público”, afirmou, citando duas situações em que o comprovante de quitação com a Justiça Eleitoral é exigido.

Para renovar a política é, portanto, necessário conciliar as duas concepções contraditórias de “povo”. Mais do que alternância de poder, são necessários uma reciclagem ética e uma representatividade muito maior.

Para alcançar isso, os movimentos de renovação política podem ser decisivos. No entanto, é preciso que, uma vez eleitos os políticos, a sociedade tenha maior capacidade de incidência sobre as decisões deles. Ora, essa capacidade não virá da boa vontade dos representantes, mas sim das ações coletivas que existem fora do Estado.

Quanto mais potentes essas ações, maior a sua capacidade de influenciar as decisões. Em suma, só é possível alcançar um governo democrático quando se tem uma sociedade democrática.
Não seria justo delegar o peso da imensa tarefa de renovação política apenas aos movimentos que anseiam por isso.

Para renovar a política é necessário o engajamento de cada um em sua vida cotidiana, fora das instituições, na construção da vida em comum, da igualdade, de uma sociedade democrática. A renovação política só existirá se for além da renovação de políticos.

 

 

Blog Cebolinha Notícias

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